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terça-feira, 11 de agosto de 2009

Necessarias Insanidades




Ontem cometi uma insanidade, mas uma daquelas que temos que cometer e muitas ao longo da vida pra fazer valer a pena.

Fomos de moto para praia. Acordamos de madrugada, (tentamos)arrumamos tudo no baú, mas inevitavelmente tive que levar uma mochila. “Mas é só um dia, pra que tanta coisa”, ouvi mto isso enquanto ele tentava, fazer tudo caber. E la, num dia sem sol, ouvi tanto:” não disse que não precisava de tudo isso”...rs

Disse insanidade no inicio, porque morro de medo de moto, agora acho que não morro mais, ate vou aprender e depois tirar habilitação, pois so tenho de carro. Insanidade também, porque ele tem pouco tempo de habilitação, nunca foi para lugares longe de moto, e quase não avisamos ninguém. Não queríamos pessoas sofrendo o domingo todo ate não chegarmos ne? Mas na próxima avisamos, com certeza!

Pronto. Tudo pronto vamos? “Mas so vai com essa jaqueta?”

Puts, so? Ela é de couro, to de cachecol, calça jeans e bota, já vou ter q colocar o capacete, não quero perder todo o glamour ne...

Ele me olhou com aquela cara de desaprovação, mas riu como quem diz :”avisada foi”, e seguimos.

Na primeira descida que tem ali perto de tupi eu senti....senti um frio entrando por todos os lugares possíveis, mas não podia amarelar. Mas um pouco e gritei: “ para no primeiro lugar que der porque to congelando, vou colocar a capa (enorme) de chuvaaaaaa...

Ele só deu uma balançada de cabeça, paramos no primeiro posto e foi só risada!

Mas confesso que ate a nossa primeira parada eu passei tanto frio, mas tanto frio que numa próxima eu vou preparadíssima.

Passamos em Santos, lugar que adoro, estava tendo algumas provas na praia, ficamos um pouco e um senhor bem esquisito e barbudo, parecia o papai Noel de sunga e camiseta, descascando um mexerica nos perguntou se éramos de Piracicaba, dissemos que sim.

Mas logo depois pensamos: ou ele viu a gente chegar e viu a placa da moto, ou viu a jaqueta do mor que é da EEP ou como falávamos baixinhos e discretos como umas gralhas raivosas um olhou na cara do outro e começamos a falar juntos: ou ele viu pelo nosso sotaqueeee....kkkkkkkk aí foi só risada de novo...resumindo, foi muita risada durante todo o dia, noite, sempre.

Um solzinho tão gostoso em Santos, mas decidimos pegar a balsa rumo o guarujá, já na chegada parece que o tempo de alguma forma tinha em tão pouca distancia, mudado drasticamente.

Mas como não afinamos pra esse negocio de tempinho nublado, fomos a um estacionamento na enseada e nos trocamos, por nossa sorte o cara foi com a nossa cara e nos deixou ir ate o quartinho dele para nos trocar. E firmes e fortes fomos ate a praia.

Um pouco antes ouvi do cara do estacionamento falando para um amigo de la também, “espero que não chova já”, imediatamente me entrometi na conversa: como assim? Nem pensar em chuva, tanto que ele se corrigiu: ah não, so vai chover beeem a noite...rs

Tinha ate muita gente na areia, algumas ate arriscavam mostrar os biquínis, e eu com um novinho de oncinha, coisa mais linda que emprestei da minha irmã, louca pra fazer marquinha com ele, mas cadê o sol?

Sentamos, ainda era cedo, ele ia aparecer sim...sou sempre otimista, de verdade e de verdade pensei que pelo menos o vento pararia, mas não. Frio muito frio!

Quando passavam vendedores de redes, perguntávamos se não tinha um edredom.

Frio. Mas divertido. Dei muita risada. Alias demos muita risada. Foi bom. Foi demais.

Mas o que eu queria era um cobertor mesmo.

Resolvemos ir ao centro, comer, andar, feirinha, crepes, ah o centro de Guarujá eu gosto muito também.

Fomos ao estacionamento que o cara ate ofereceu para passarmos a noite...(sem comentários sobre isso, so vcs amigas eh q vão rir com isso), nos trocamos, escovamos os dentes e fomos. Comemos no shopping, comprei uma luva para por antes da minha que é aquele modelo sem os dedos sabem? Andamos mais um pouco e resolvemos subir a serra.

Imaginem a cena, em frente ao shopping do Guarujá, muita gente passando e a gente se “trocando”, só risadas, quando abri a calça de chuva que emprestei da Jana, que é do irmão dela, quase caímos de rir...era imensa, mas passar frio q eu não ia. Ele dizia que não dava para distinguir se eu era um menino ou menina diante da “grandeza” que eu fiquei com aquelas roupas todas, mas o que valia ali era não passar mais aquele frio todo!

Resumindo a ópera, pegamos ate chuva na subida da serra, ficamos tensos pela inexperiência do mor e pelo meu medo de moto, mas uma coisa é certa: aprendemos a lição direitinho e agora: NINGUEM MAIS NOS SEGURAAAA.

Outra coisa confesso: orei muito durante o caminho. Falei muito com Deus. Sei que sem Ele não podemos nada, por isso agradeço a Ele o sucesso da nossa viajem!!!

Na volta paramos em todos os postos do caminho para esticar as pernas, um cidadão ate vomitou quase no nosso pé. Mas foi muito boa essa experiência, como eu nunca tinha feito uma coisa dessas antes?
Como assim?
Somos muito conscientes sim, mas quero cometer mais insanidades, muitas mais...

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